terça-feira, 3 de abril de 2012

NUNCA É TARDE!

Lahiry Romero é a prova de que nunca é tarde para se dedicar ao esporte. Aos 72 anos ela se negou a aposentar o corpo da prática de exercícios físicos e decidiu aprender a nadar. Hoje, aos 85, as aulas de natação viraram treinos e Lahiry já acumula mais de 200 medalhas e troféus, além de integrar o ranking das dez melhores equipes da Federação Internacional de Natação (Fina). A atleta Lahiry, que já participava de aulas de ginástica no Tijuca Tênis Clube, viu no esporte a possibilidade de conquistar sua independência e ocupar o tempo livre. “Não sei ficar parada. Tenho que me envolver em alguma coisa!”, afirma. “Eu comecei a nadar, gostei e aos poucos fui participando de competições e ganhando medalhas em todas que eu participava”, conta orgulhosa a nadadora que já participou de provas com grandes nomes da natação, como a veterana Maria Lenk, primeira nadadora brasileira a participar de uma edição dos Jogos Olímpicos e a estabelecer um recorde mundial. Para chegar aonde chegou, Lahiry afirma que o apoio da família foi fundamental. Ela conta que a filha, que também é nadadora, é uma de suas maiores incentivadoras e quem a inscreve na maioria das competições. “Só fico sabendo que estou inscrita quando tenho que ir lá competir!”, diz. Em novembro do último ano, a atleta foi medalhista de bronze na prova dos 50m costas no Pan-Americano Master, competição que reuniu mais de 2,6 mil atletas da categoria. “O esporte para mim é um compromisso. Nunca me atraso para uma aula. No esporte a gente sente vontade de viver, de se comunicar e conhecer pessoas. Trouxe tudo de melhor para a minha vida”, completa Lahiry. Os treinos na piscina são realizados duas vezes por semana e a atleta ainda frequenta aulas de ginástica para idosos três vezes por semana. Lesão Devido a uma fissura no fêmur não identificada com antecedência, Lahiry está impossibilitada de continuar o treino de alto rendimento. Ela aguarda agora a cirurgia de prótese de cabeça de fêmur para poder voltar a dedicar-se às suas duas grandes paixões: nadar e competir. “Espero que a minha história contribua de algum jeito para estimular aqueles que ficam em casa dizendo que não podem, que não conseguem. Eu não tenho disso! Comigo não tem essa de ‘não vou porque estou cansada’”.